sexta-feira, novembro 17, 2006

NASCIMENTE

1. no começo havia o nada, e nada mais havia.

2. e o nada era o tudo em potencial, apesar de tudo não ser nada.

3. o mundo é, foi e será tudo, nada e algo mais.

4. não havia ainda o espaço-tempo, pois não existiam budas, moscas, mendigos, macacos pelados, árvores ou outros sintomas de estruturas de carbono.

5. linearidade era desconhecida, assim como o conhecimento, a verdade e o sentido.

6. não se confundam, pois apesar de nó macacos pelados referirmo-nos ao nada com artigo masculino, o nada era uma mulher!

7. sim, e A nada, sendo a única coisa que existia, não tinha como ter um parceiro. menos ainda do sexo oposto...

8. nada foi a primeira onanista!

9. certo dia...

10. (peraí! se não havia sol, lua, estrelas ou mesmo universo, como poderia haver dia?!? não posso sequer escrever “em certo momento”, pois o espaço-tempo tampouco existia! também não rola dizer “de repente”, “então”, “daí”, ou qualquer outro termo correlato, pois todos eles estão presos num pressuposto de causa-efeito que não existe na realidade do nada se não havia espaço-tempo nem linearidade tampouco havia antes ou depois ou mesmo seqüência ou lógica... tudo (nada) acontecia ao mesmo (...) ao mesmo não-tempo e no mesmo não-espaço! )

11. mas como é que eu vou explicar isso?

12. ta foda-se! o que importa (ou não) é que, de tanto onanismo, nada se auto-fecundou, gerando cinco filhos: Éris, Anéris, Onan, A vaca sagrada que voua, e um deus menor...

2 comentários:

Anônimo disse...

a nada, nada na nata do nada, e inventou o pasteurizado pra não ter mais problemas com as capas de gorduras que seguravam a nata.

e assim tenho dito.

Pirastífero disse...

Apenas buzanfas apenas