quarta-feira, novembro 22, 2006

poli ál(o)go

um diálogo, certo dia, numa mesa de bar (diálogo realizado através de palavras escritas, não sonorizadas, o que facilita a reconstituição do mesmo):

GNER:
Mariocas
Estamos mesmo nele? Orgânicos?
Nós dois
Poetas errantes?

LENON:
Estamos no não-aqui
Pois no sim do não, erramos
E no não do sim, estamos
Errantes...
Poetas?

GNER:
Ou melhor,Livres?
Livre mente solta!
Completa mente solta?

LENON:
Solta mente não mente, completa?
Questionamente livres
Presalivre... presas?
di vaga mentedi tri poliplus nulla res
livre!

GNER:
Presas, não ou sim, depende!
Melhor,
Referenciáveis...
Melhor ainda
Relacionáveis
Rela naveLeva...

LENON:
Onde há presas há predadores
Onde há selva há Darwin
(isto é só uma teoria, não necessariamente a minha)

GNER:
predação de mente?
Mentes!
Nesse ente
Não há dentes...

LENON:
Belo, porém discordável.
Rosas & espinhos

GNER:
O espinho
Conserva ele lugar no espaço
Porém
Individualiza mais que preda

LENON:
Individualizando, preda o coletivo
Consciente mente?

GNER:
Preda o coletivo?
Defendes o indivíduo coletivo!?

Naturalmente
Inconsciente mente

LENON:
Indivíduo coletivo?
Sim, pois claro(?)!
Todo (?) indivíduo é coletivo!
Todo (?) coletivo é indivíduo!
Porém
Predam-se
(?)
!

GNER:
predam-se:
sob grandes lentes
desarmonia
o todo
harmônica mente
natural
sob hiper lentes
harmonia nova mente
homeostase!

LENON:
Harmonia = des
Caos é o cego em tiroteio
O “uuuu” do “vruuuum” dos carros de fórmula um
A saliva do pássaro

GNER:
A pouca saliva do pássaro
O necessário
Assim
“os outros passarão
eu [humildemente] passarinho”
vamos seguindo
com-seguindo
nos seguindo
segundo a segundo

LENON:
um fragmento de instante
constante
olhar, sorriso e fuga.

Um comentário:

Anônimo disse...

me perdi no caminho e não encontrei a volta... intenso