um diálogo, certo dia, numa mesa de bar (diálogo realizado através de palavras escritas, não sonorizadas, o que facilita a reconstituição do mesmo):
GNER:
Mariocas
Estamos mesmo nele? Orgânicos?
Nós dois
Poetas errantes?
LENON:
Estamos no não-aqui
Pois no sim do não, erramos
E no não do sim, estamos
Errantes...
Poetas?
GNER:
Ou melhor,Livres?
Livre mente solta!
Completa mente solta?
LENON:
Solta mente não mente, completa?
Questionamente livres
Presalivre... presas?
di vaga mentedi tri poliplus nulla res
livre!
GNER:
Presas, não ou sim, depende!
Melhor,
Referenciáveis...
Melhor ainda
Relacionáveis
Rela naveLeva...
LENON:
Onde há presas há predadores
Onde há selva há Darwin
(isto é só uma teoria, não necessariamente a minha)
GNER:
predação de mente?
Mentes!
Nesse ente
Não há dentes...
LENON:
Belo, porém discordável.
Rosas & espinhos
GNER:
O espinho
Conserva ele lugar no espaço
Porém
Individualiza mais que preda
LENON:
Individualizando, preda o coletivo
Consciente mente?
GNER:
Preda o coletivo?
Defendes o indivíduo coletivo!?
Naturalmente
Inconsciente mente
LENON:
Indivíduo coletivo?
Sim, pois claro(?)!
Todo (?) indivíduo é coletivo!
Todo (?) coletivo é indivíduo!
Porém
Predam-se
(?)
!
GNER:
predam-se:
sob grandes lentes
desarmonia
o todo
harmônica mente
natural
sob hiper lentes
harmonia nova mente
homeostase!
LENON:
Harmonia = des
Caos é o cego em tiroteio
O “uuuu” do “vruuuum” dos carros de fórmula um
A saliva do pássaro
GNER:
A pouca saliva do pássaro
O necessário
Assim
“os outros passarão
eu [humildemente] passarinho”
vamos seguindo
com-seguindo
nos seguindo
segundo a segundo
LENON:
um fragmento de instante
constante
olhar, sorriso e fuga.
Um comentário:
me perdi no caminho e não encontrei a volta... intenso
Postar um comentário