faz muito tempo que não escrevo poesia
e fico assim com a cabeça vazia
um pouco de azia cerebral e, por sinal,
não há nada de especial a ser dito, maldito,
explícito o implícito, licitamente mente
(mente de mentir, não de sentir)
deixo fluir palavras, apenas por prática ártica
e me farto de saber que o ser pode conter
o não-ser e há algo além, alguém aquém de mim,
assim meio bôbo, bôlo, lôco, pôco, brinco de acentuar
não para rimar, isso não importa já que a porta não está ali
(porta de pensar, não de fechar)
e assim vou, só por exercício vício
que já me faz assim como por ócio
como se eu pudesse viesse como pôr
milagre. viste? não é assim tão vão
como pão, ovo e de novo me vo(o)u
(voou assim de flor, não de por)
2 comentários:
olha só..adorei adorei a brincadeira de palavras
confesso que também escrevo poemas às vezes.. aliás, escrever pra mim é um descanso
:)
Até sem querer as palavras jorram
vazam escapam
desatam atônitas
o poeta é todo palavras-sentidos-entrelinhas.
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