sexta-feira, novembro 11, 2005

um ano após...

Nossa... relendo posts ancestrais... este foi escrito na madrugada do dia 4 para o dia 5 de dezembro de 2004. Faz já quase um ano! Reli-o e não pude ceder à tentação de re-postá-lo aqui. Foi o meu segundo post neste blog (um trecho, aliás).



A noite é uma criança, e eu sou uma criança da noite. Claróes dourados rasgam a delicada pele de meu peito, dilacerando um coração putrefato. Construo castelos na areia, minhas idéias caem em ruínas. IDIOTA!

Criança, criança, criança. Estou recém engatinhando na estrada da vida. E já quero ver a morte! Realmente, sou uma criança, ainda tenho muito a aprender. Tenho que aprender a não amar, a não depender, a não precisar que você olhe para mim, a não mais chorar pelos quases, pelos nuncas, porque preciso de você e ninguém precisa de mim, precisamente porque te amo. Tenho que aprender a não precisar, e não esperar, nem ter esperanças. Tenho que aprender a agir. Tenho que aprender a aprender. Não sei nem onde está a cerveja.

Sim, sou um tolo. E para piorar, minhas pretensões prestigistas são comparáveis apenas à solidão de Poe ou à loucura do Necronomicon.

Tenho que aprender a escrever. E a não sofrer por ninharias. Tenho que aprender a morrer.A

estrada da evolução é longa, deserta, tenebrosa e pedregosa. E ainda estou no começo. Mais parado que andando. Mais tropeçando que avançando. Preciso de um apoio, mas você não quer sê-lo.

Enquanto isso vou me embriagando numa festa. Morto e sem vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

sempre bom passa por aqui...
os ventos por aqui assopram
e levam a algum canto
e vc ocmo andas
se cuida
abraços