a barata rouca rôta sobre o solo madeirento
vento passa pela fresta que me resta e um alento
tento não parecer tedioso osso para a visita aflita
fica sempre um gosto fosco anelado de birita
me irrita tanto papel cinzel espalhado pela mesa
framboesa e algo mais me traz esse cheiro de incerteza
firmeza não o violão encostado num canto acalanto
e um manto de poeira sem besteira e nenhum pranto
pois de tanto em tanto é que me mata uma barata
rata rata rata rata rata rôta uma barata
Um comentário:
a palavra-sensação.
o retrato subjetivo do gosto incerto.
a vida em todos os poros
a angustia sem exclamações.
Postar um comentário