segunda-feira, setembro 15, 2008

Vinhos de Rosas

(escrito em conjunto com Julinha Ribeiro. cores:
Lênon
Juh)


papel de bala no chão
me abala o coração
estala e intercala
sem sentido, sem razão.
nova trova, nova fala:
crie som em um clarão.


inspicriando
...sempre
..cantando
.....e
...nunca
......parando


ciranda ciranda
cirandando
valsadançando
siga o baile
das palavras
e que surjam
belas lavras


palavras-flores
jardim-poesias
jardineiros-poetas

compara-comparando

brote no aroma
desta canção


a Roma! a Roma!
a todos os quatro cantos
aos infinitos recantos
enviemos nossos cantos
tão cheios de encantos
tão santos prantos
tão alegres acalantos


somos incentivados
aos cantos
.....acalantos
.....prantos

o engraçado
embriagado
.....e
misturado

vence em Roma
......o
....mais
....amado
......e
....pouco
...falado

que nossas palavras
sejam carinhos
indiquem caminhos

e que a Rosa
por nós regada
seja vistosa:
um tudo-nada


jardineiros
amados
.........são
articulados
.ao
..todo
...carinho
seja no
.nada,
..tudo
...no
....bem
.....ou
......mal
amados

nada-tudo
contrastes
bem igualados

sentidos
amigos, amados
que
nada ou tudo
sejam bem
lindos
no mundo
desorientados

amores são rosas
imagem velha, eu sei
beleza, perfume...
............espinhos

porém o prazer
- cor e odor -
supera em muito a dor
do corte que se possa fazer

por isso cultivamos
aquilo que pode nos ferir
pois no fundo sabemos
que o sangue nos fará rir


olhares tristonhos
olhares risonhos

..........a Flor
.............é
..........isso!

mais do que
..........isso!

somos flores!
somos vida!

espinhos
cores

pétalas
lágrimas

que do sangue
.............se faça
....................um
belo vinho

Um comentário:

Dani Santos disse...

Olá, Lênon... muito bom esse diálogo entre os poetas-jardineiros, garimpando palavras, sonhos, sons, sentimentos, sóis...

Abraços