(escrito em conjunto com Julinha Ribeiro. cores:
Lênon
Juh)
papel de bala no chão
me abala o coração
estala e intercala
sem sentido, sem razão.
nova trova, nova fala:
crie som em um clarão.
inspicriando
...sempre
..cantando
.....e
...nunca
......parando
ciranda ciranda
cirandando
valsadançando
siga o baile
das palavras
e que surjam
belas lavras
palavras-flores
jardim-poesias
jardineiros-poetas
compara-comparando
brote no aroma
desta canção
a Roma! a Roma!
a todos os quatro cantos
aos infinitos recantos
enviemos nossos cantos
tão cheios de encantos
tão santos prantos
tão alegres acalantos
somos incentivados
aos cantos
.....acalantos
.....prantos
o engraçado
embriagado
.....e
misturado
vence em Roma
......o
....mais
....amado
......e
....pouco
...falado
que nossas palavras
sejam carinhos
indiquem caminhos
e que a Rosa
por nós regada
seja vistosa:
um tudo-nada
jardineiros
amados
.........são
articulados
.ao
..todo
...carinho
seja no
.nada,
..tudo
...no
....bem
.....ou
......mal
amados
nada-tudo
contrastes
bem igualados
sentidos
amigos, amados
que
nada ou tudo
sejam bem
lindos
no mundo
desorientados
amores são rosas
imagem velha, eu sei
beleza, perfume...
............espinhos
porém o prazer
- cor e odor -
supera em muito a dor
do corte que se possa fazer
por isso cultivamos
aquilo que pode nos ferir
pois no fundo sabemos
que o sangue nos fará rir
olhares tristonhos
olhares risonhos
..........a Flor
.............é
..........isso!
mais do que
..........isso!
somos flores!
somos vida!
espinhos
cores
pétalas
lágrimas
que do sangue
.............se faça
....................um
belo vinho
Um comentário:
Olá, Lênon... muito bom esse diálogo entre os poetas-jardineiros, garimpando palavras, sonhos, sons, sentimentos, sóis...
Abraços
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