o incerto concerto
concreto incesto
lágrima e som
o instrumento vivo
em pautas derivo
canção disforme
ao fim a pausa
que o novo causa
se a canção dorme
quarta-feira, abril 15, 2015
terça-feira, abril 14, 2015
NO AMOR E NA GUERRA
a cada gota de melancolia
outro doce na travessa fria
nova dose de dor com gelo
meu coração, nu em pêlo
nada há, entre céus e terra,
que torne possível nesta guerra
uma vitória, um sorriso ou luz;
sequer tocar no que me seduz
é tanto pranto derramado
o suspiro, o arfar do peito em vão
em vão, em vão, ó meu amado
nada há, nada há, pois não há não
nesta guerra, neste amar ensangüentado
o que desligue, que ilumine a escuridão
outro doce na travessa fria
nova dose de dor com gelo
meu coração, nu em pêlo
nada há, entre céus e terra,
que torne possível nesta guerra
uma vitória, um sorriso ou luz;
sequer tocar no que me seduz
é tanto pranto derramado
o suspiro, o arfar do peito em vão
em vão, em vão, ó meu amado
nada há, nada há, pois não há não
nesta guerra, neste amar ensangüentado
o que desligue, que ilumine a escuridão
sexta-feira, agosto 22, 2014
Rondel de Um Novo Ano
(poema de aniversário pra minha maninha Isadora)
Este rondel de um novo ano
da roda que sempre gira
por onde a alma delira
e revira sem desengano
é um canto tão humano
esse que canta a lira
desse rondel de um novo ano
da roda que sempre gira
como um vento minuano
que a alma suspira
mesmo que ela se fira
é um grande circo cigano
esse rondel de um novo ano.
Este rondel de um novo ano
da roda que sempre gira
por onde a alma delira
e revira sem desengano
é um canto tão humano
esse que canta a lira
desse rondel de um novo ano
da roda que sempre gira
como um vento minuano
que a alma suspira
mesmo que ela se fira
é um grande circo cigano
esse rondel de um novo ano.
segunda-feira, outubro 14, 2013
Eras Auroras
Essa música que me excita
que me transborda num suspiro
melodia que dança e medita
em fantasia à qual aspiro
vem, desperta memórias tais
de pristinas eras auroras
traz calma, paixão e mais ais
traz luz nas melhores horas
é um som de fala de flores
em fogo fantástico valsando
é um som que fala de amores
em cuja alma expando
que me transborda num suspiro
melodia que dança e medita
em fantasia à qual aspiro
vem, desperta memórias tais
de pristinas eras auroras
traz calma, paixão e mais ais
traz luz nas melhores horas
é um som de fala de flores
em fogo fantástico valsando
é um som que fala de amores
em cuja alma expando
sexta-feira, outubro 11, 2013
rendido
esse desejo que me arde
que irrompe sem alarde
que me rói, que me fende
a alma em finas tiras
ao qual meu coração se rende
ao qual cantam as liras
de te puxar para mim
de seu lábio carmesim
de sua língua em minha boca
nossos corpos entrelaçados
como uma casca oca
a flutuar abraçados
derivando em nosso sonho
no fluir mais risonho
esse desejo que me arde
que me rói, que me fende
que irrompe sem alarde
ao qual meu coração se rende
que irrompe sem alarde
que me rói, que me fende
a alma em finas tiras
ao qual meu coração se rende
ao qual cantam as liras
de te puxar para mim
de seu lábio carmesim
de sua língua em minha boca
nossos corpos entrelaçados
como uma casca oca
a flutuar abraçados
derivando em nosso sonho
no fluir mais risonho
esse desejo que me arde
que me rói, que me fende
que irrompe sem alarde
ao qual meu coração se rende
segunda-feira, setembro 09, 2013
Rondel Aos Olhos Negros
Esse grande olhar tão cheio
de melancolia ardente
que me invade de repente
que me enche de anseio
mergulhando, não receio,
como estrela cadente
n'esse grande olhar tão cheio
de melancolia ardente
eu me jogo em seu seio
eu me jogo, sorridente.
vou plantando uma semente
de alegria e de floreio
n'esse grande olhar tão cheio
de melancolia ardente
que me invade de repente
que me enche de anseio
mergulhando, não receio,
como estrela cadente
n'esse grande olhar tão cheio
de melancolia ardente
eu me jogo em seu seio
eu me jogo, sorridente.
vou plantando uma semente
de alegria e de floreio
n'esse grande olhar tão cheio
quinta-feira, agosto 29, 2013
Vinho no Caminho
na estrada passarando
passos passos vou tomando
vinho, sol, chuva e, ah,
já era bom eu me lembrar
nalguma cidade que deixei
noutra idade, já passei
quantas paisagens já vivi
bebendo vinho, vim e vi
caminho, vinho e nenhum plano
passo, paro e me deparo
parado ao lado do piano
entra ano e sai ano
sempre esse momento raro:
dentro em mim um ser humano
passos passos vou tomando
vinho, sol, chuva e, ah,
já era bom eu me lembrar
nalguma cidade que deixei
noutra idade, já passei
quantas paisagens já vivi
bebendo vinho, vim e vi
caminho, vinho e nenhum plano
passo, paro e me deparo
parado ao lado do piano
entra ano e sai ano
sempre esse momento raro:
dentro em mim um ser humano
quinta-feira, agosto 22, 2013
Conselho-Sono
Seguindo conselho da Lara
co'olho bambeando de sono
antes de dormir dispara
o verso vestid'em outono.
Seguindo o fluxo verbal
a rima já vai se impon'o.
co'olho bambeando de sono
antes de dormir dispara
o verso vestid'em outono.
Seguindo o fluxo verbal
a rima já vai se impon'o.
quarta-feira, agosto 21, 2013
velhos e novos grilhões
aí
certo dia eu pensei "cansei desta porra. vou largar tudo e viver de
arte. vou vender meus fanzines e viver exclusivamente do que escrevo e
serei feliz". porém com o passar dos meses (deliciosos meses, devo
dizer) fui vendo que a situação não era tão linda assim, que o ato de
vender os fanzines e ter que permanentemente viajar para fazê-lo, por
mais gostoso que fosse, drenava minhas energias de uma
maneira que eu não conseguia escrever direito e também o retorno
financeiro me deixava numa sub-vida (fome, noites na praça, etc). claro
que teve outros fatores que influenciaram, como a quasi-depressão pela
qual passei em BH no fim de 2007, mas isso não tira o peso do meu
fracasso enquanto vendedor-ambulante.
aí veio a idéia: "preciso
arranjar uma forma de ganhar dinheiro com a escrita. já sei, vou virar
acadêmico, virar antropólogo (de todos os tortuosos caminhos da academia
este já era e sempre continuou sendo o único atraente) e finalmente ter
uma renda razoável e liberdade para escrever minhas coisas. vou ser
pago para escrever".
então eu passo os anos na graduação tendo
escrito uma (UMA!) única poesia, ainda no primeiro ano, e uns dois ou
três textos (um dos quais em parceria intelectual) que jamais foram
satisfatoriamente terminados. a academia me suga a energia de tal
maneira que não consigo mais escrever!
daí eu olho pras
eras iniciais do meu blog e vejo como eu era produtivo na época em que
era um infeliz funcionário em um trabalho burocrático... obviamente que
eu tive um baita upgrade de estilo, técnica e erudição. mas naquela
época eu pelo menos escrevia, seja poesia, seja prosa literária, seja
arroubos teórico-filosófico-metafísicos ou mesmo desabafos do fundo do coração... gente, eu mantinha até diário!!!
faz a gente repensar certos pressupostos...
Gaia Amante
o mundo no laço
a roda no eixo
à noite eu passo
emanando desleixo
o mundo ilumina
ruminando eu deixo
a celeste matina
e seu quente beijo
um beijo brilhante
ó Gaia amante
amasso, regaço
um raio, me lanço
um brilho, eu danço
um passo, outro passo
a roda no eixo
à noite eu passo
emanando desleixo
o mundo ilumina
ruminando eu deixo
a celeste matina
e seu quente beijo
um beijo brilhante
ó Gaia amante
amasso, regaço
um raio, me lanço
um brilho, eu danço
um passo, outro passo
quinta-feira, dezembro 27, 2012
assim de mansinho
passarinho inho inho
canta ali no seu cantinho
cisca, cisca, olha em volta
depois volta pro seu ninho
meu singelo amiguinho
o que faz aqui sozinho?
não me diga que perdeste
o rumo do teu caminho
passarinho, passarinho
meu alegre e bom vizinho
dê-me logo, não enrole
outro gole desse vinho
canta ali no seu cantinho
cisca, cisca, olha em volta
depois volta pro seu ninho
meu singelo amiguinho
o que faz aqui sozinho?
não me diga que perdeste
o rumo do teu caminho
passarinho, passarinho
meu alegre e bom vizinho
dê-me logo, não enrole
outro gole desse vinho
sábado, agosto 08, 2009
saldo da viagem à minas
algumas poetrixes e um haicai por heresia
POESIANDO
se eu faço uma rima pequenina
pequena pepita cristalina
vejo o mundo enorme, nina
CAMPAINHA
se uma flor abre na janela
de tão singela cor, a flor,
meu corpo todinho acelera
ESPERANÇA
e se por acaso eu topar,
algum dia a caminhar
na rua a estrela do mar
CASA DE MAMÃE
cores, biscoitos, blues
conversa à mesa do chá
um tantão assim de luz
um haicai por heresia
pois no fim das contas
o que conta é poesia
POESIANDO
se eu faço uma rima pequenina
pequena pepita cristalina
vejo o mundo enorme, nina
CAMPAINHA
se uma flor abre na janela
de tão singela cor, a flor,
meu corpo todinho acelera
ESPERANÇA
e se por acaso eu topar,
algum dia a caminhar
na rua a estrela do mar
CASA DE MAMÃE
cores, biscoitos, blues
conversa à mesa do chá
um tantão assim de luz
um haicai por heresia
pois no fim das contas
o que conta é poesia
quinta-feira, abril 23, 2009
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
poetrixes
conheci poetrix esses dias... gostei tanto da idéia que eu resolvi pegar vários textos antigos meus... pequenas pérolas perdidas, trechos passáveis enfiados em poesias ruins, e lapidar transformando em poetrix.
eis o que saiu:
Passadopresentefuturo
O presente pressente o futuro
Imerso na ilusão do passado
É tudo um ponto
O relógio ao longe
Descompassado bate
E antes que me mate
Desenho o ponto que lhe tange.
Solve et Coagule
que sirva
sorva e
re-solva
Fugi
O Monte Fuji ia rugindo
Nós fugindo
Ele fujindo
Minha alma, desarmada
Canta e geme
Grita e treme
E se desfaz
“Tea or Tears?”, perguntou a tecelã
debruçada em seu tear
tecendo tramas
terços textos
Eros & Thanatos
Venha me libertar
Me beije
Corte minha cabeça
Fundição
Laylah lá fora chora por mim.
Dentro outra noite gargalha.
Minh`alma dançando no fio da navalha.
Fecho a janela, me tranco em mim
Porém ainda gotas me tocam,
invadem, me alcançam em minha toca.
Relações Interpessoais
O ser humano precisa
De outro para ser
Humano
Que faço eu de minha alma?
Tão volúvel
Tão volátil
Jamais fútil
Pedra Rosa
A batucada dos tambores repica no meu peito
Voltas e cores pelo ar
ClAmores d’alma suspirosa
Oh Vasto Mundo!
A Senhora com a Foice
Me persegue, me ilumina
Me ataca e me fascina
Frase de Papel de Bala
Hoje à tarde
Bala caída no chão
“eu me rendo, você venceu”
um ser comum
um lugar qualquer
em tempo algum
nem um lapso sequer
minha vida se acha (ou se perde)
entre linhas mortas
retas tortas
e tortas de limão
Socorro!
A vida que jorra neste instante
Flutuando, pluma ao vento,
Cabelo de cavaleiro andante
A primavera
Quase um haikai
Tão cordial
Nesse vai-não-vai
Dê um passo adiante
Prédio alto, braços abertos
Bem no topo, olhe para o sol
Seja a essência do sol
Embriagado em passos tortos
Passos largos
Espaçados
E o espaço se dilui
(falam mais que palavras)
um gesto
um olhar
uma sensação pelo ar
eis o que saiu:
Passadopresentefuturo
O presente pressente o futuro
Imerso na ilusão do passado
É tudo um ponto
O relógio ao longe
Descompassado bate
E antes que me mate
Desenho o ponto que lhe tange.
Solve et Coagule
que sirva
sorva e
re-solva
Fugi
O Monte Fuji ia rugindo
Nós fugindo
Ele fujindo
Minha alma, desarmada
Canta e geme
Grita e treme
E se desfaz
“Tea or Tears?”, perguntou a tecelã
debruçada em seu tear
tecendo tramas
terços textos
Eros & Thanatos
Venha me libertar
Me beije
Corte minha cabeça
Fundição
Laylah lá fora chora por mim.
Dentro outra noite gargalha.
Minh`alma dançando no fio da navalha.
Fecho a janela, me tranco em mim
Porém ainda gotas me tocam,
invadem, me alcançam em minha toca.
Relações Interpessoais
O ser humano precisa
De outro para ser
Humano
Que faço eu de minha alma?
Tão volúvel
Tão volátil
Jamais fútil
Pedra Rosa
A batucada dos tambores repica no meu peito
Voltas e cores pelo ar
ClAmores d’alma suspirosa
Oh Vasto Mundo!
A Senhora com a Foice
Me persegue, me ilumina
Me ataca e me fascina
Frase de Papel de Bala
Hoje à tarde
Bala caída no chão
“eu me rendo, você venceu”
um ser comum
um lugar qualquer
em tempo algum
nem um lapso sequer
minha vida se acha (ou se perde)
entre linhas mortas
retas tortas
e tortas de limão
Socorro!
A vida que jorra neste instante
Flutuando, pluma ao vento,
Cabelo de cavaleiro andante
A primavera
Quase um haikai
Tão cordial
Nesse vai-não-vai
Dê um passo adiante
Prédio alto, braços abertos
Bem no topo, olhe para o sol
Seja a essência do sol
Embriagado em passos tortos
Passos largos
Espaçados
E o espaço se dilui
(falam mais que palavras)
um gesto
um olhar
uma sensação pelo ar
côco da BR
já é de tarde
tô sentado aqui na grama
puxa vida, que desgrama
só queria uma cama
pra mó de podê deitá
tô embolado
eu tô todo esfomeado
tô ficando aperreado
invento palavreado
pra mó de podê rimá
e vou no côco
rimando sem brincadeira
fazendo uma pulseira
mangueando a praça inteira
pra mó de podê ganhá
ganhá dinheiro
amigo, sem fulerage,
pra comprá uma passage
ir em frente na viage
pra mó de podê chegá
chegá em casa
encontrá os meu irmão
meus manos do coração
porque nesta solidão
não dá mais para ficá
tô sentado aqui na grama
puxa vida, que desgrama
só queria uma cama
pra mó de podê deitá
tô embolado
eu tô todo esfomeado
tô ficando aperreado
invento palavreado
pra mó de podê rimá
e vou no côco
rimando sem brincadeira
fazendo uma pulseira
mangueando a praça inteira
pra mó de podê ganhá
ganhá dinheiro
amigo, sem fulerage,
pra comprá uma passage
ir em frente na viage
pra mó de podê chegá
chegá em casa
encontrá os meu irmão
meus manos do coração
porque nesta solidão
não dá mais para ficá
pseudo-hai kais para são paulo
toda vez que parto
de São Paulo, deixo outra
parte de mim
:::
São Paulo, cidade
de sonhos e ilusões que
são realidade
de São Paulo, deixo outra
parte de mim
:::
São Paulo, cidade
de sonhos e ilusões que
são realidade
sábado, novembro 01, 2008
segunda-feira, setembro 15, 2008
Clichês
- diz que me ama.
- hein?
- diz...
- não é algo que se diga
amiga, o sentimento
perde valor quando explícito
fique atenta, bote tento
neste mundo amor é ilícito
é tão imoral que crucifica
- ora, pois, não bobeje,
amor é algo belo, não flagelo
não tenha vergonha
deste grande sol amarelo
deixe que se imponha
tudo que há de bom e me beije.
- bem vejo como és criança
que acreditas nestas asneiras
te beijo porque me dá prazer
não por amor, que besteira.
neste mundo tão blasé
apenas a ilusão avança.
- hah! criança? eu?
em livros te partes...
bem posso reconhecê-los
todos nietzches e sartres...
por que não rompes estes selos
como rompeste o hímen meu?
- Tolices! nada há a romper.
estou no caminho certo.
tu que apenas chafurdas
trilhando o incorreto
caminho das crenças medievais.
ai, quão atrasada está você.
- Estúpido! como ousas?
me chamar de medieval!
estás doido por acaso?
zombar do amor real,
e de mim fazer pouco caso.
ah, vou atrás d'outras cousas!
- Não! por favor não vá!
fui por demais descortês,
mas me arrependo, juro!
perdoe meu jeito inglês
e meu modo perjuro.
deixe-me te alegrar.
- ai tolinho maldito...
bem sabes que te perdôo
mas diga que me ama
qye qyabdi ne vês alças vôo.
e que seja mentira insana,
ainda assim acredito.
- está bem, eu digo
que te amo: eu te amo
satisfeita, anjo dourado?
digo sem desengano:
quero-te sempre a meu lado.
nisto não há perigo.
- obrigada. obrigada... eu também te amo.
Vinhos de Rosas
(escrito em conjunto com Julinha Ribeiro. cores:
Lênon
Juh)
papel de bala no chão
me abala o coração
estala e intercala
sem sentido, sem razão.
nova trova, nova fala:
crie som em um clarão.
inspicriando
...sempre
..cantando
.....e
...nunca
......parando
ciranda ciranda
cirandando
valsadançando
siga o baile
das palavras
e que surjam
belas lavras
palavras-flores
jardim-poesias
jardineiros-poetas
compara-comparando
brote no aroma
desta canção
a Roma! a Roma!
a todos os quatro cantos
aos infinitos recantos
enviemos nossos cantos
tão cheios de encantos
tão santos prantos
tão alegres acalantos
somos incentivados
aos cantos
.....acalantos
.....prantos
o engraçado
embriagado
.....e
misturado
vence em Roma
......o
....mais
....amado
......e
....pouco
...falado
que nossas palavras
sejam carinhos
indiquem caminhos
e que a Rosa
por nós regada
seja vistosa:
um tudo-nada
jardineiros
amados
.........são
articulados
.ao
..todo
...carinho
seja no
.nada,
..tudo
...no
....bem
.....ou
......mal
amados
nada-tudo
contrastes
bem igualados
sentidos
amigos, amados
que
nada ou tudo
sejam bem
lindos
no mundo
desorientados
amores são rosas
imagem velha, eu sei
beleza, perfume...
............espinhos
porém o prazer
- cor e odor -
supera em muito a dor
do corte que se possa fazer
por isso cultivamos
aquilo que pode nos ferir
pois no fundo sabemos
que o sangue nos fará rir
olhares tristonhos
olhares risonhos
..........a Flor
.............é
..........isso!
mais do que
..........isso!
somos flores!
somos vida!
espinhos
cores
pétalas
lágrimas
que do sangue
.............se faça
....................um
belo vinho
Lênon
Juh)
papel de bala no chão
me abala o coração
estala e intercala
sem sentido, sem razão.
nova trova, nova fala:
crie som em um clarão.
inspicriando
...sempre
..cantando
.....e
...nunca
......parando
ciranda ciranda
cirandando
valsadançando
siga o baile
das palavras
e que surjam
belas lavras
palavras-flores
jardim-poesias
jardineiros-poetas
compara-comparando
brote no aroma
desta canção
a Roma! a Roma!
a todos os quatro cantos
aos infinitos recantos
enviemos nossos cantos
tão cheios de encantos
tão santos prantos
tão alegres acalantos
somos incentivados
aos cantos
.....acalantos
.....prantos
o engraçado
embriagado
.....e
misturado
vence em Roma
......o
....mais
....amado
......e
....pouco
...falado
que nossas palavras
sejam carinhos
indiquem caminhos
e que a Rosa
por nós regada
seja vistosa:
um tudo-nada
jardineiros
amados
.........são
articulados
.ao
..todo
...carinho
seja no
.nada,
..tudo
...no
....bem
.....ou
......mal
amados
nada-tudo
contrastes
bem igualados
sentidos
amigos, amados
que
nada ou tudo
sejam bem
lindos
no mundo
desorientados
amores são rosas
imagem velha, eu sei
beleza, perfume...
............espinhos
porém o prazer
- cor e odor -
supera em muito a dor
do corte que se possa fazer
por isso cultivamos
aquilo que pode nos ferir
pois no fundo sabemos
que o sangue nos fará rir
olhares tristonhos
olhares risonhos
..........a Flor
.............é
..........isso!
mais do que
..........isso!
somos flores!
somos vida!
espinhos
cores
pétalas
lágrimas
que do sangue
.............se faça
....................um
belo vinho
sábado, setembro 13, 2008
Til Deg
(o nome tá em norueguês só pra ser chique. não confundir com música homônima - muito boa, por sinal - da banda Gåte)
e se eu te dissesse
para dar-me tua mão
e vir comigo?
e se eu te dissesse
que sou aquele que procuras
a tanto tempo?
e se eu te dissesse...?
ah, te direi, te direi.
parecerá mentira, sim eu sei.
mas te direi.
te digo agora:
dê me tua mão
e venha comigo
pois o meu amor
vai além do de um irmão
ou de um amigo.
sinta as batidas de meu coração
e saiba que não é ilusão
quando eu digo
que meu amor ascende em esplendor
por ti.
e se eu te dissesse
para dar-me tua mão
e vir comigo?
e se eu te dissesse
que sou aquele que procuras
a tanto tempo?
e se eu te dissesse...?
ah, te direi, te direi.
parecerá mentira, sim eu sei.
mas te direi.
te digo agora:
dê me tua mão
e venha comigo
pois o meu amor
vai além do de um irmão
ou de um amigo.
sinta as batidas de meu coração
e saiba que não é ilusão
quando eu digo
que meu amor ascende em esplendor
por ti.
Do Jardim
cantando desco ao jardim.
o sol ilumina, bela tarde.
flores rosas verdes assim:
multidão de cor e alarde.
entre as plantas um regato,
onde brincavam nossos sonhos,
e com pudor e com recato
passamos dias risonhos.
lá nos vimos muitas vezes
lá dormimos sobre redes
lá a felicidade foi plena
porém hoje esse recanto
que tanto ouviu nosso canto
ouve uma ária mais amena.
o sol ilumina, bela tarde.
flores rosas verdes assim:
multidão de cor e alarde.
entre as plantas um regato,
onde brincavam nossos sonhos,
e com pudor e com recato
passamos dias risonhos.
lá nos vimos muitas vezes
lá dormimos sobre redes
lá a felicidade foi plena
porém hoje esse recanto
que tanto ouviu nosso canto
ouve uma ária mais amena.
quarta-feira, setembro 10, 2008
Beije o Mundo
a loucura o que procuras?
amor!
não se pergunte o caminho,
construa-o!
a sabedoria e a loucura
teus sonhos, amor, teus sonhos
apenas viva!
mantenha a chama do peito acesa,
princesa!
flutue nos caminhos da vida
seja uma pluma
seja o fluxo
dirija o fluxo
e deixe o fluxo te levar
beije o mundo
desca ao profundo
de todo pensamento
tudo que te dê alento
amor!
não se pergunte o caminho,
construa-o!
a sabedoria e a loucura
teus sonhos, amor, teus sonhos
apenas viva!
mantenha a chama do peito acesa,
princesa!
flutue nos caminhos da vida
seja uma pluma
seja o fluxo
dirija o fluxo
e deixe o fluxo te levar
beije o mundo
desca ao profundo
de todo pensamento
tudo que te dê alento
quarta-feira, setembro 03, 2008
Da Saudade v.2.0
(modificações feitas por Lucas Lisboa)
Numa casa bem alta no morro
entre pastos e matos, discorro
no papel a pungente saudade
que já sinto da grande cidade
o trem passa e depois são os pássaros,
que distraem-me das letras e traços
enchem tudo de música e cor
mas realmente prefiro, meu amor,
o barulho: guitarras torcidas
o sabor bom de pizzas dormidas
o embalado do ritmo industrial
mas eu mesmo desejo esse Dom
de não ter diferença de Tom
do Concreto para o mais Surreal
Numa casa bem alta no morro
entre pastos e matos, discorro
no papel a pungente saudade
que já sinto da grande cidade
o trem passa e depois são os pássaros,
que distraem-me das letras e traços
enchem tudo de música e cor
mas realmente prefiro, meu amor,
o barulho: guitarras torcidas
o sabor bom de pizzas dormidas
o embalado do ritmo industrial
mas eu mesmo desejo esse Dom
de não ter diferença de Tom
do Concreto para o mais Surreal
segunda-feira, julho 07, 2008
Canção de Uma Manhã Preguiçosa
abro os olhos,
o sol já sobe.
teu cheiro...
que preguiça de levantar!
e sentas à janela,
fumando, tão singela.
cigarro e incenso
se misturam pelo ar
e ah!
que preguiça de levantar!
um "bom dia" cristalino
cantam os carros
lá embaixo...
que preguiça de levantar!
estamos no quinto andar
e tu, nua, sentas
na janela a fumar.
mais um gole de whisky
e ah!
que preguiça de levantar!
me pergunto a quanto tempo
estás aí parada
pelada...
copo e cigarro na mão
olhos na multidão
que embaixo passa
estendo o braço e chamo
um riso belo e vens
e ah!
que preguiça de levantar!
o sol já sobe.
teu cheiro...
que preguiça de levantar!
e sentas à janela,
fumando, tão singela.
cigarro e incenso
se misturam pelo ar
e ah!
que preguiça de levantar!
um "bom dia" cristalino
cantam os carros
lá embaixo...
que preguiça de levantar!
estamos no quinto andar
e tu, nua, sentas
na janela a fumar.
mais um gole de whisky
e ah!
que preguiça de levantar!
me pergunto a quanto tempo
estás aí parada
pelada...
copo e cigarro na mão
olhos na multidão
que embaixo passa
estendo o braço e chamo
um riso belo e vens
e ah!
que preguiça de levantar!
quinta-feira, junho 26, 2008
A Moça dos Cabelos Azuis
fui uma visão fugaz,
encontro cheio de luz,
quando o jovem rapaz
certo dia a viajar
encontrou no além-mar
a moça dos cabelos azuis.
um piercing enfeitava
o sorriso pleno de luz
que espontâneo brotava
em suas faces serenas
de feições tão amenas
da moça dos cabelos azuis.
foi uma hora tão breve,
instante repleto de luz,
deixou o coração leve,
o mundo em alto-astral.
pois como pode haver o mal,
se há a moça de cabelos azuis?
as palavras pronunciadas,
todas sílabas de luz,
poucas porém guardadas
assim como o rosto de fada.
pois será sempre lembrada
a moça dos cabelos azuis.
encontro cheio de luz,
quando o jovem rapaz
certo dia a viajar
encontrou no além-mar
a moça dos cabelos azuis.
um piercing enfeitava
o sorriso pleno de luz
que espontâneo brotava
em suas faces serenas
de feições tão amenas
da moça dos cabelos azuis.
foi uma hora tão breve,
instante repleto de luz,
deixou o coração leve,
o mundo em alto-astral.
pois como pode haver o mal,
se há a moça de cabelos azuis?
as palavras pronunciadas,
todas sílabas de luz,
poucas porém guardadas
assim como o rosto de fada.
pois será sempre lembrada
a moça dos cabelos azuis.
Do Trem
ao longe o sol desce
e o céu escurece
mas o trem segue
vale após túnel
árvores e postes correm
e os minutos escorrem
enquanto o trem segue
túnel após vale
ali vai tanta gente
tanta história pungente
enquanto o trem segue
montanha após vale
mesmo quando chegamos
e nos aconchegamos
sempre o trem segue
luz após túnel
e o céu escurece
mas o trem segue
vale após túnel
árvores e postes correm
e os minutos escorrem
enquanto o trem segue
túnel após vale
ali vai tanta gente
tanta história pungente
enquanto o trem segue
montanha após vale
mesmo quando chegamos
e nos aconchegamos
sempre o trem segue
luz após túnel
quarta-feira, junho 25, 2008
A Folha que Folia
uma folha
uma singela folha
folia
feliz e sorridente
entre os aldeões
ninguém lhe dava atenção
ou sequer fazia menção
de tirá-la para dançar
mas ali continuava ela
tão contente, tão donzela
a folha de maracujá
"não quero saber do relento
e nem me fale em sofrimento
eu quero apenas bailar.
aqui não existe agonia,
apenas gozo", dizia
a folha de maracujá
aquela folha
aquela singela folha
que folia
feliz e sorridente
entre os aldeões
uma singela folha
folia
feliz e sorridente
entre os aldeões
ninguém lhe dava atenção
ou sequer fazia menção
de tirá-la para dançar
mas ali continuava ela
tão contente, tão donzela
a folha de maracujá
"não quero saber do relento
e nem me fale em sofrimento
eu quero apenas bailar.
aqui não existe agonia,
apenas gozo", dizia
a folha de maracujá
aquela folha
aquela singela folha
que folia
feliz e sorridente
entre os aldeões
Da Saudade
em uma casa no alto do morro
entre pastos e matos, discorro
sobre a pungente saudade
que sinto da grande cidade
um trem passa e os pássaros, ai,
como este colibri que me distrai,
enchem tudo de música e cor
mas eu realmente prefiro, amor,
o som das guitarras distorcidas
o sabor das pizzas amanhecidas
o embalo do ritmo industrial
mas especialmente aquele dom
de não haver diferença de tom
entre o concreto e o surreal
entre pastos e matos, discorro
sobre a pungente saudade
que sinto da grande cidade
um trem passa e os pássaros, ai,
como este colibri que me distrai,
enchem tudo de música e cor
mas eu realmente prefiro, amor,
o som das guitarras distorcidas
o sabor das pizzas amanhecidas
o embalo do ritmo industrial
mas especialmente aquele dom
de não haver diferença de tom
entre o concreto e o surreal
quinta-feira, abril 24, 2008
quinta-feira, abril 17, 2008
Despedida Prematura
vai chover.
as folhas caem, outonais,
o céu escurece e minha paz,
você,
disse que vai ligar e eu espero.
escrevo versos sem esmero
nas folhas
espalhadas sobre a mesa,
caindo com firmeza.
recolha-as.
gotas de lágrimas arbóreas,
espantando as senhoras...
correm.
nuvem no céu escurece,
improviso uma prece
jovem.
a tarde recém começou,
mal descobri o que sou.
vai chover.
as lágrimas caem em paz.
ajoelho-me onde jaz
você.
as folhas caem, outonais,
o céu escurece e minha paz,
você,
disse que vai ligar e eu espero.
escrevo versos sem esmero
nas folhas
espalhadas sobre a mesa,
caindo com firmeza.
recolha-as.
gotas de lágrimas arbóreas,
espantando as senhoras...
correm.
nuvem no céu escurece,
improviso uma prece
jovem.
a tarde recém começou,
mal descobri o que sou.
vai chover.
as lágrimas caem em paz.
ajoelho-me onde jaz
você.
sábado, fevereiro 23, 2008
De Hedonis
No templo verde da lagoa
um sentimento muito leve se apregoa.
No tempo em que cresce a raíz,
Dionísio, relâmpago, voz: sê feliz!
No ermo da cidade adormecida
entre prédios preparo uma descida
da rua da urbe à rua da alma,
rios de asfalto, sentido e, calma,
nada há a temer esta noite,
ainda que o vento forte açoite,
apenas o nobre Hedonis espera.
com seus olhos brilhantes de pantera
o fundo de minh'alma ele agita:
prazer e alegria são de ouro pepita!
um sentimento muito leve se apregoa.
No tempo em que cresce a raíz,
Dionísio, relâmpago, voz: sê feliz!
No ermo da cidade adormecida
entre prédios preparo uma descida
da rua da urbe à rua da alma,
rios de asfalto, sentido e, calma,
nada há a temer esta noite,
ainda que o vento forte açoite,
apenas o nobre Hedonis espera.
com seus olhos brilhantes de pantera
o fundo de minh'alma ele agita:
prazer e alegria são de ouro pepita!
domingo, dezembro 23, 2007
Embriagai-vos
(esta NÃO é minha... quem dera fosse. é de um gênio chamado Charles Boudelaire. apreciem sem moderação.)
Embriagai-vos
Há que estar sempre embriagado. Tudo está nisto: é a única questão. Para não sentir o terrível fardo do Tempo que vos dilacera os ombros e os encurva para a terra, embriagai-vos sem cessar é preciso.
Mas de quê? De vinho, poesia ou virtude, como achardes melhor.
Mas embriagai-vos.
E se às vezes, nas escadarias de um palácio, na verde relva de um barranco, na solidão de seu quarto, você acordar com a embriaguez já diminuída ou sumida, pergutem ao relógio, ao vento, à vaga, às estrelas, a tudo que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntem que horas são; e o relógio, o vento, a vaga, as estrelas, as aves lhe responderão: "É hora de embriagai-vos! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriagaivos; sem cessar embriagai-vos! De vinho, poesia ou virtude, como achardes melhor".
Embriagai-vos
Há que estar sempre embriagado. Tudo está nisto: é a única questão. Para não sentir o terrível fardo do Tempo que vos dilacera os ombros e os encurva para a terra, embriagai-vos sem cessar é preciso.
Mas de quê? De vinho, poesia ou virtude, como achardes melhor.
Mas embriagai-vos.
E se às vezes, nas escadarias de um palácio, na verde relva de um barranco, na solidão de seu quarto, você acordar com a embriaguez já diminuída ou sumida, pergutem ao relógio, ao vento, à vaga, às estrelas, a tudo que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntem que horas são; e o relógio, o vento, a vaga, as estrelas, as aves lhe responderão: "É hora de embriagai-vos! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriagaivos; sem cessar embriagai-vos! De vinho, poesia ou virtude, como achardes melhor".
quarta-feira, dezembro 19, 2007
What a Boring World!
mais uma música dos Neuromantes. na verdade não tá pronta ainda. faltam mais algumas estrofes.
^^
Letra: Danilo Luís Faria / Lênon Kramer von Bischofshhausen
Música: Lênon Kramer von Bischofshhausen
What a Boring World!
late at morning
holy crap!
life is boring
and I'm tired to rest
smoking a cigarret
'couse I think it's cool
with something in my mouth
don't need to talk with someone else
what a boring world!
what a boring world!
what a boring world
around.
see the city's streets
in my neigborhood
brainless minds
living just for food
sitting at the bus stop
just waiting
for the time
to shake body with the crowd
what a boring world!
what a boring world!
what a boring world
around.
^^
Letra: Danilo Luís Faria / Lênon Kramer von Bischofshhausen
Música: Lênon Kramer von Bischofshhausen
What a Boring World!
late at morning
holy crap!
life is boring
and I'm tired to rest
smoking a cigarret
'couse I think it's cool
with something in my mouth
don't need to talk with someone else
what a boring world!
what a boring world!
what a boring world
around.
see the city's streets
in my neigborhood
brainless minds
living just for food
sitting at the bus stop
just waiting
for the time
to shake body with the crowd
what a boring world!
what a boring world!
what a boring world
around.
quinta-feira, dezembro 13, 2007
Why do we need a home at all?
musiquinha nova d'Os Neuromantes (surgida no ensaio de ontem):
letra - Danillo Luis Faria / Lênon Kramer von Bischofshhausen
música - Lênon Kramer von Bischofshhausen
"long way to hooooome..."
-hey! wait!
-what?
-we don't have a home at all...
-yeah... that's right...
we don't have a home at all
'couse we have this fucking town
when we came from work at night
we go to a freind's hive
mama and papa want us home
oh please just leave me alone
they use to say that family's nice
oh, come on, give it a try!
we don't like they call us hypes
'couse we don't sell works at night
we don't sleep in streets or alleys
'couse we have some fucking allies!!!
when we see that it's morning
we can't think that night was boring
so we look to the working guys
oh, our life is paradise!!!
letra - Danillo Luis Faria / Lênon Kramer von Bischofshhausen
música - Lênon Kramer von Bischofshhausen
"long way to hooooome..."
-hey! wait!
-what?
-we don't have a home at all...
-yeah... that's right...
we don't have a home at all
'couse we have this fucking town
when we came from work at night
we go to a freind's hive
mama and papa want us home
oh please just leave me alone
they use to say that family's nice
oh, come on, give it a try!
we don't like they call us hypes
'couse we don't sell works at night
we don't sleep in streets or alleys
'couse we have some fucking allies!!!
when we see that it's morning
we can't think that night was boring
so we look to the working guys
oh, our life is paradise!!!
terça-feira, outubro 30, 2007
copo
(F7+ Dm)
um copo de coca bem gelada agora me fará bem.
um pouco vazio o corpo frio e a meu lado alguém
(A7 D E/D D F)
o que será da minha vida se não se fecha esta ferida?
(F7+ Dm)
lá fora chove, o tempo corre, o que será de mim?
o vento forte, no meu peito um corte carmesim
(A7 D E/D D F)
se não consigo resistir, não tem outro jeito, eu vou partir.
solo:
(F7+ A7 C G Em)
refrão:
(F D E)
sentado na janela
vendo o trânsito passar
minha alma se esfacela
enquanto eu tento respirar
se ao menos eu tivesse
uma garrafa de conhaque
então eu lavaria
toda essa mágoa tênue que me assola, desconsola e descontrola.
(falta escrever as duas estrofes finais da música)
um copo de coca bem gelada agora me fará bem.
um pouco vazio o corpo frio e a meu lado alguém
(A7 D E/D D F)
o que será da minha vida se não se fecha esta ferida?
(F7+ Dm)
lá fora chove, o tempo corre, o que será de mim?
o vento forte, no meu peito um corte carmesim
(A7 D E/D D F)
se não consigo resistir, não tem outro jeito, eu vou partir.
solo:
(F7+ A7 C G Em)
refrão:
(F D E)
sentado na janela
vendo o trânsito passar
minha alma se esfacela
enquanto eu tento respirar
se ao menos eu tivesse
uma garrafa de conhaque
então eu lavaria
toda essa mágoa tênue que me assola, desconsola e descontrola.
(falta escrever as duas estrofes finais da música)
quinta-feira, outubro 25, 2007
Beat Bits
Desperte!
a noite cai, as estrelas começam a brilhar. o caos dança, ácido, é o sabor da rede digital. ando ao sabor da realidade virtual.
zero
um
um
zero
bits de informação zanzando pelo cérebro
...
somos os beats da era digital.
nós sabemos que o zero é igual ao um.
somos os magos.
abrimos a caixa quotidianamanete, sempre fazendo a opção pelo universo que queremos.
fazendo escolhas, criamos o universo.
não existe o impossível, neste passeio pelo mundo.
ao colapsar do espaço-tempo compreendemos que é tudo um ponto. passadopresentefuturo cirandando loucamente em todas as maneiras possíveis.
nossa vontade é a espátula com que moldamos a nossa realidade.
você é parte de nós.
nós somos deus.
a noite cai, as estrelas começam a brilhar. o caos dança, ácido, é o sabor da rede digital. ando ao sabor da realidade virtual.
zero
um
um
zero
bits de informação zanzando pelo cérebro
...
somos os beats da era digital.
nós sabemos que o zero é igual ao um.
somos os magos.
abrimos a caixa quotidianamanete, sempre fazendo a opção pelo universo que queremos.
fazendo escolhas, criamos o universo.
não existe o impossível, neste passeio pelo mundo.
ao colapsar do espaço-tempo compreendemos que é tudo um ponto. passadopresentefuturo cirandando loucamente em todas as maneiras possíveis.
nossa vontade é a espátula com que moldamos a nossa realidade.
você é parte de nós.
nós somos deus.
Ponto
negro líquido lânguido
fluindo garganta abaixo
enquanto eu encaixo,
gota a gota, um frígido
sentido de falta.
nesta noite alta
a corrosão espectral que vem
me arrebatar para longe,
e um suspiro que me foge
leva consigo alguém.
amor! que será da vida
se a cada vez que respiro
ou ando, caio e me firo,
se tudo que recebo na lida
é sempre o mesmo
clangor a esmo
o relógio ao longe
descompassado bate
e antes que me mate
desenho o ponto que lhe tange.
fluindo garganta abaixo
enquanto eu encaixo,
gota a gota, um frígido
sentido de falta.
nesta noite alta
a corrosão espectral que vem
me arrebatar para longe,
e um suspiro que me foge
leva consigo alguém.
amor! que será da vida
se a cada vez que respiro
ou ando, caio e me firo,
se tudo que recebo na lida
é sempre o mesmo
clangor a esmo
o relógio ao longe
descompassado bate
e antes que me mate
desenho o ponto que lhe tange.
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